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O perigo dos aplicativos móveis: quando caem em mãos erradas

    Imagem de mulher co dor de cabeça por falta de dinheiro para pagar empréstimos. Imagem de Freepik.
    Image by wayhomestudio on Freepik

    Nos últimos anos, testemunhamos uma revolução nos aplicativos móveis, com muitos deles indo além de suas funções básicas para incorporar recursos financeiros, como carteiras digitais e serviços bancários.

    Entre inúmeros outros casos, podemos citar o app do MercadoLivre e o 99Taxis, que começaram com outros propósitos e viraram bancos digitais.

    Com eles, você pode, em segundos, solicitar empréstimos, pagar contas, emitir boletos e fazer pix. Isso tudo sem a grande maioria dos usuários terem noção do que carregam no bolso.

    No entanto, quando esses recursos caem em mãos erradas, podem facilmente se tornar armadilhas financeiras:

    Muitos indivíduos podem ser atraídos pela facilidade de obtenção de empréstimos sem entender os termos e taxas destas transações. Geralmente os juros são exorbitantes e pode levar os usuários a um ciclo de dívidas do qual é difícil escapar, causando muitos danos financeiros e até falência pessoal.

    Outro problema grave é a questão da segurança dos dados. Quando os aplicativos caem em mãos erradas, muito comum através de roubo de celulares, basta abrir o app e já aparece a oferta do empréstimo rápido e ainda a possibilidade de se transferir via pix e pagar boletos.

    Em segundos, o usuário que estava preocupado apenas com o app do banco, passa a ser roubado indiretamente pelo app que ofereceu empréstimos e que o usuário nem sabia que existia ou que nunca tenha solicitado este recurso.

    Tenho visto vários casos em que o bandido pega o celular e já vai direto para estes aplicativos, sem perder tempo com os tradicionais aplicativos bancários que, em geral, são muito mais seguros. Nestes outros, a operação geralmente não tem senhas ou se cadastra/ativa na hora (pelo bandido).

    Portanto, enquanto os aplicativos móveis continuam a evoluir e oferecer cada vez mais serviços financeiros, é crucial que os usuários estejam cientes dos riscos envolvidos.

    E os desenvolvedores deveriam ser penalizados no caso deste tipo de fraude/roubo, principalmente quando onde o usuário não é expressa e claramente notificado ou solicitada autorização prévia e nunca instantânea ou automática. Geralmente esta “autorização” vem em termos de uso gigantescos, onde “110%” dos usuários nem leem.

    Imagino que a opção de cancelamento deveria ser tão simples quanto a contratação do recurso, com inserção de demora obrigatória para se ativar evitando solicitação por impulso ou coação.

    Quando me dei conta destes casos, fui nos meus apps e tinha ofertas de até R$ 35.000 sem eu mesmo saber e ainda eu poderia solicitar e sacar rapidamente.

    Perdi horas no telefone (isso ficará para um novo artigo) para conseguir cancelar estes recursos. Nos que não foi possível, pois criaram tanta dificuldade, preferi cancelar a conta e usar um app concorrente.

    Você já conferiu quanto te oferecem de dinheiro “fácil” nestes apps?

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